A vida boa tem sido
objeto de desejo humano e de estudo há muito tempo, diversos pensadores já
gastaram e alguns ainda gastam seu precioso tempo neste planeta buscando a
resposta para a pergunta: como ter uma vida boa? Tempos atrás fiz um post aqui
no blog sobre o livro do Clóvis de Barros Filho “A vida que vale a pena servivida",
onde ele trás uma reflexão histórica do pensamento em relação ao tema e nos
propõe algumas reflexões.
No mundo contemporâneo,
dominado pelo capitalismo, recheado de ofertas de produtos onde a felicidade
está associada à realização de um sonho, que quando realizado gera
automaticamente um novo sonho. Um mundo onde a exposição de uma vida regada a
excessos nas mídias sociais é um padrão social desejado. Muitos também se
perguntam: como faço para ter riqueza e conseguir realizar meus sonhos e postar
as fotos no insta?
Permita-me
decepicioná-lo caro leitor, esta pergunta proposta no título não tem resposta
pronta e muito menos única. A vida boa é diferente para cada pessoa, a forma de
acumular riqueza também. O que buscamos aqui neste blog é expor a nossa forma,
que pode gerar ou fortalecer ideias dos leitores.
Nós consideramos uma vida
boa aquela focada no que é importante para nós, na família, nas pessoas, nas
viagens, no conhecimento, no companheirismo, na empatia e na aceitação do
diferente. Isto, em nosso entendimento pode ser associado com a geração de
riqueza ao gastar menos do que se ganha. Imagine que isso seja feito de geração
em geração, por seus filhos, netos, bisnetos e assim por diante. A vida seria
cada dia mais rica.
Para nós o grande
segredo da geração de riqueza é gastar menos que se ganha, se você gasta menos
do que ganha, já é uma pessoa abençoada pelos Deuses da riqueza. Isto pode
realmente acontecer, não é só teoria. Na parte financeira o foco deve então
estar em aumentar o salário, controlar as depesas dentro de um patamar de
manutenção de uma vida boa, investir em boas empresas, fundos imobiliários,
renda fixa e esperar o tempo agir.
No início da caminhada,
os aportes são pequenos. Geralmente o salário é menor e os gastos representam
um grande percentual sobre ele. Depois, com estudo e foco no trabalho o salário
vai aumentando e os aportes começam a representar grande parte do salário. Veja
o nosso caso prático desta afirmação, de 2013 a 2019 nosso salário anual foi
de:
Ano
|
Entrada
|
2013
|
R$ 75.840
|
2014
|
R$ 96.425
|
2015
|
R$ 144.966
|
2016
|
R$ 169.800
|
2017
|
R$ 196.596
|
2018
|
R$ 180.738
|
2019
|
R$ 218.360
|
Veja que de 2013 a 2019
nosso salário (meu e da sra Sequoia somados) subiram 2,9 vezes ou 290 %. Neste período
estão incluídos como principais ganhos de carreira em ordem cronologica, que
geraram aumentos de salários: 1) a saída de uma empresa privada para a
aprovação em um concurso público bastante concorrido; 2) a especialização e
elevação de nível dentro da carreira; 3) a entrada para um cargo de chefia; 4)
a coordenação de mais projetos com remuneração extra.
A composição dos
elementos que colaboram para o valor do patrimônio, da riqueza financeira pode
ser dividida em: Aportes, Renda ou Rendimentos e Valorização. Com aportes
entende-se aquele recurso que se aporta do salário, geralmente quando ele
chega, antes da execução das despesas. A Renda é uma denominação para dividendos,
proventos, juros e afins distribuídos pelos ativos que compõe a carteira. Já a
valorização engloba o ganho patrimonial decorrente da elevação das cotações dos
ativos em relação ao preço de compra.
No início do acúmulo de
riqueza, os aportes representam praticamente 100% de colaboração para o
patrimônio. Com o passar do tempo, a renda vai colaborando e por fim aparece a
influência gigantesca da valorização. Veja no nosso caso prático entre os anos
de 2013 e 2019:
Ano
|
Pat
total
|
Aportes
|
Renda
|
Valorização
|
2013
|
R$
16.344
|
R$
16.909
|
R$
560
|
-R$
1.125
|
2014
|
R$
44.801
|
R$
42.859
|
R$
3.850
|
-R$
1.908
|
2015
|
R$
91.978
|
R$
88.659
|
R$
10.768
|
-R$
7.449
|
2016
|
R$
192.395
|
R$
162.859
|
R$
26.738
|
R$
2.798
|
2017
|
R$
319.825
|
R$
249.359
|
R$
47.721
|
R$
22.746
|
2018
|
R$
418.717
|
R$
316.159
|
R$
72.736
|
R$
29.822
|
2019
|
R$
699.105
|
R$
430.639
|
R$
103.514
|
R$
164.952
|
Em termos percentuais:
Ano
|
Aportes
|
Renda
|
Valorização
|
%
|
|||
2013
|
103
|
3
|
-6
|
2014
|
96
|
9
|
-5
|
2015
|
96
|
12
|
-8
|
2016
|
85
|
14
|
1
|
2017
|
78
|
15
|
7
|
2018
|
76
|
17
|
7
|
2019
|
62
|
15
|
24
|
Em dezembro de 2019
tinhamos 62% do patrimônio adivindo de aportes, 15% da renda e 24% da
valorização ou de R$ 699k tinhamos 430k de aportes, 103k de renda e 164k de
valorização. Veja na figura abaixo como a sequência seguiu a sequência: Aporte à
Renda à Valorização.
Nossos aportes, nestes
anos, não seguiram uma subida tão linear quanto o salário, eu sempre coloco
aqui os aportes, veja quanto foi ano a ano entre 2013 e 2019:
Ano
|
Aporte
|
2013
|
R$ 23.709
|
2014
|
R$ 19.150
|
2015
|
R$ 53.300
|
2016
|
R$ 66.700
|
2017
|
R$ 86.500
|
2018
|
R$ 66.800
|
2019
|
R$ 114.480
|
Esta não linearidade nos
aportes em relação ao salário deve-se a compra de bens , realização de viagens
o outros gastos que entendemos na época ser bons ativos de vida para nós. Dos
quais compensava gastar um tempo de nossa vida para ter. Exemplo claro disto
foi o carro, que compramos para melhorar a segurança e conforto em nossas
viagens que tanto gostamos de fazer, como descrevemos aqui na época.
Como os aportes não
foram linerares, os gastos também não. Mas conseguimos melhorar o percentual
aportado em relação ao salário ao longo do tempo. Veja nossas entradas e saídas
anuais na figua abaixo:
Quando conseguimos
aumentar nossas receitas e não aumentamos nossas depesas em mesma proporção,
produzimos mais riquezas. Enquanto nosso salário aumentou na proporção de 2,9
vezes, nossos gastos aumentaram 1,6 vez, entre 2013 e 2019. Em 2013 conseguimos
aportar 31% de nossas receitas e em 2019 52%, sem contar com o pagamento da
quitinete que descrevemos aqui neste post.
Veja as evoluções percentuais na figura abaixo:
A vida boa e com geração
de riqueza é possível, estamos tentando praticar isto. Balanceando o controle
de gastos com os gastos bem feitos. Temos que ter prazer em economizar, mas
também temos que ter prazer em gastar quando isto nos trazer melhoria de vida.
Observe que ter alegria em gastar, para nós é muito mais difícil do que em
economizar. É uma vida vivida dia a dia, mês a mês. Uma vida vivida agora. Uma
boa vida e muita riqueza para você leitor! É que desejamos.
Abraço.
Ótimo post.
ReplyDeleteValeu Peão Playboy
DeleteAbraço
Muito bom!!!!
ReplyDeleteValeu, Gari.
DeleteAbraço
Sequoia, esse seu patrimônio de 700k é apenas de ativos? Ou você também contabiliza carros, apartamentos e etc?
ReplyDeleteSomente financeiro... Eu apresento o fechamento mensal aqui desde 2017. Veja ali na Aba "patrimônio".
DeleteAbraço